Você já ouviu falar em epicondilite lateral? E em cotovelo de tenista? Esses dois termos são utilizados para designar um tipo de inflamação que gera dor na região lateral do cotovelo. Como é muito comum em atletas de tênis, recebeu esse nome.
Entretanto, a lesão não afeta somente os esportistas. A verdade é que eles são uma pequena parte dos pacientes que apresentam a doença. A maioria são pessoas que fazem movimentos repetitivos no dia a dia, como digitar, desenhar ou escrever.
Por conta da dor, a condição prejudica diretamente a qualidade de vida dos acometidos, dificultando as atividades do dia a dia. A boa notícia é que ela tem tratamento. Quanto mais cedo começar a tratar, melhores são as chances de sucesso.
Por essa razão é importante ficar por dentro do assunto para estar sempre atento aos sinais e procurar ajuda médica, se for o caso. Mas quais são os sintomas? Como é feito o diagnóstico? Se essas também são suas dúvidas, continue a leitura. Neste post, respondemos essas e outras questões relevantes. Confira!
O que é a epicondilite lateral?
A tendinite nada mais é do que uma inflamação que pode ocorrer em qualquer tendão do corpo. No caso da epicondilite lateral, ela se localiza na região de contato do tendão no epicôndilo lateral, osso que fica na lateral do cotovelo. Embora seja o principal problema que afeta esta região, o prognóstico é favorável.
Entretanto, é possível ocorrer algumas complicações que dificultam a reabilitação, dando origem à epicondilite crônica. Dessa forma, se torna um fator de risco para o rompimento do tendão, que é uma condição mais grave.
Há também a possibilidade de calcificação do tendão, que também está relacionada aos processos inflamatórios crônicos. O problema é causado pelas tentativas constantes do organismo em cicatrizar as lesões.
Nesse caso pode haver a degeneração do tendão e a calcificação das fibras que o compõem. Sendo assim mais uma razão para procurar ajuda médica assim que os sintomas aparecerem.
Quais são as principais causas?
Esse tipo de inflamação ocorre, principalmente, por movimentos repetitivos. Dessa maneira, pessoas que usam muito as mãos e os braços para fazer as atividades rotineiras estão mais propensas a apresentá-la.
Além dos praticantes de tênis, jogadores de baseball, carpinteiros, digitadores, pintores, desenhistas e redatores são alguns exemplos. Podemos dizer que a idade também é um fator, já que a doença costuma aparecer por volta dos 30 a 40 anos.
Como identificar os sintomas de cotovelo de tenista?
Os sintomas do cotovelo de tenista podem surgir de uma hora para outra ou de forma gradual. A seguir, confira os principais
- dor na parte mais externa do cotovelo,
- dor que irradia para o antebraço;
- perda da força no punho ou no braço, dificultando pegar objetos;
- piora da dor ao movimentar o braço afetado, como ao abrir uma porta ou digitar.
Vale dizer que quando a dor é localizada na parte interna do cotovelo, a condição é chamada de epicondilite medial.
Como é feito o diagnóstico do cotovelo de tenista?
Antes de mais nada, ao suspeitar da doença é preciso buscar ajuda especializada de um médico ortopedista. Somente esse profissional está capacitado para fazer o melhor diagnóstico e, consequentemente, o tratamento mais adequado.
Geralmente, o médico faz um exame físico que consiste na pressão digital da área ou movimentação do cotovelo, dedos e punhos e algumas manobras clinicas. Na maioria dos casos, somente essa avaliação junta ao histórico médico são suficientes para fechar um diagnóstico.
Como é comum a doença ser confundida com outras, como artrite do cotovelo, irradiação da dor proveniente de problemas no pescoço e lesões ligamentares, é possível que o médico peça exames de imagem. Dessa forma, ele consegue descartar outros problemas e dar um tratamento mais apropriado..
Quais são os tratamentos para cotovelo de tenista?
Felizmente, na maioria das vezes, é possível resolver o problema com algumas medidas mais simples, como uso de medicamentos anti-inflamatórios, afastamento das atividades que são gatilho e aplicação de gelo no local. No entanto, há casos em que é preciso apostar em outros tratamentos para aliviar as dores e devolver a qualidade de vida do paciente.
Fisioterapia
A fisioterapia é muito indicada, ainda mais nos casos crônicos. Nessas condições, os músculos extensores do punho apresentam fraqueza que pode ser corrigida com as sessões. Há também a possibilidade de recomendação do uso de órteses.
Técnica de tênis
Se de fato o paciente for um tenista que teve a lesão causada pelo esporte, o ortopedista poderá sugerir um acompanhamento mais rígido durante a prática do tênis. Muitas vezes, a técnica usada pelo paciente e/ou os equipamentos são a causa do problema.
Terapia por ondas de choque
Quando a epicondilite lateral crônica não responde aos tratamentos mais conservadores, a terapia por ondas de choque pode ser indicada. Vale lembrar que o procedimento só deve ser feito com prescrição médica e de preferência por um médico.
Infiltração e Viscossuplementação
A infiltração é um procedimento feito à base de corticoides e dá bons resultados na maioria dos pacientes. Contudo, não deve ser feita com muita frequência, pois aumenta o risco de rompimento dos tendões. Por isso que hoje lançamos mão da viscossuplementação, que consiste na infiltração de ácido hialurônico, que é uma substância que faz parte da composição do líquido e tecidos articulares, sendo assim não agressivo as estruturas.
Cirurgia
A cirurgia é o último recurso para esse tratamento. A técnica mais utilizada é a liberação dos tendões extensores que ficam sobre o epicôndilo lateral. Por exemplo, durante a cirurgia, os tendões são cortados para que cicatrizem em uma posição que gere menor tensão.
No pós-cirúrgico, o paciente é imobilizado por meio de um órtese removível e tem indicação de fisioterapia por 2 a 3 meses. Em geral, a liberação para retorno à prática de atividades físicas é dada após 4 ou 6 meses.
A epicondilite é uma doença inflamatória da inserção do tendão localizado no cotovelo. Ela aparece em pessoas que fazem movimentos repetitivos com os braços e as mãos, causando dores e prejudicando a qualidade de vida desses pacientes.
Em suma, buscar ajuda de um ortopedista para ter um diagnóstico preciso e um tratamento adequado a fim de reduzir os incômodos e reaver o bem-estar.
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